segunda-feira, janeiro 16

Professor Mantas


Fez no passado dia 12 Janeiro nove anos que faleceu Augusto José de Quintanilha e Mendonça Mantas, o professor Mantas, director do meu XV curso de Administração Hospitalar.
Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras pela Universidade Técnica de Lisboa (1951), sócio de honra da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, colaborou na criação do curso de Administração Hospitalar da ENSP (com os professores André Primaz e Coriolano Ferreira) do qual, desde o início, foi docente. Foi membro do Conselho Directivo da ENSP (1987-1994).
Como referiu o SemMisericórdia, em Portugal, «temos nos HH, há quase 30 anos e graças ao saudoso Dr. Augusto Mantas, contabilidade analítica e POCSS – muito antes que qualquer outra instituição pública, seja Câmara ou Universidade – e também informação pública (rendimento assistencial e custos)».
Do professor Mantas guardo a recordação das aulas conduzidas com mestria, o trato e humor fino.
Lá do céu onde se encontra, o professor Mantas, por certo, já enviou recado ao seu colega de ofício, agora ministro da saúde, para tratar a rapaziada como deve ser porque bem o merece.

8 Comments:

Blogger tonitosa said...

Será CC crente na vida para além da morte? Eu tenho impressão, porventura injusta, de que CC nem nos vivos acredita!
Ou acredita em muito poucos.
O que não o impede de ser o que é!

10:12 da tarde  
Blogger ricardo said...

Só temos uma universidade reconhecida que faz formação em Administração Hospitalar que é a Universidade Nova de Lisboa, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).

Se compararmos o currículo académico da ENSP com o currículo de outras universidades públicas e privadas que se meteram também nesta área, é evidente que a ENSP ganha, a anos-luz, em termos curriculares, em carga horária, em exigência de avaliação e de selecção.

Temos um passado, temos uma história repleta de técnicos competentes que deram muito ao país de que o professor Mantas é exemplo.

Temos um futuro que ninguém poderá atraiçoar.

10:32 da tarde  
Blogger tonitosa said...

No post "Formação Quadros na AP" deixei o meu comentário ao último comentário do Xico.

11:05 da tarde  
Blogger saudepe said...

Augusto Mantas o gajo mais porreiro no meio daqueles safardanas todos.
Um grande exemplo de competência e de saber estar.

9:20 da manhã  
Blogger Clara said...

O professor Mantas conjugava a competência com a elegância e o saber estar.
Era daqueles professores que nos convencia a gostarmos das matérias mais agrestes.
Um gajo porreiro como soy dizer-se entre a malta.
Um bem haja para o professor Augusto Mantas.

10:01 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Se o que se segue tivesse ocorrido num Hospital público não faltariam vozes a criticar mais do que os profissionais, o Serviço Público!

Aqui fica como um exemplo de que os HH privados não são só por si melhores que os públicos. Antes pelo contrário.

Por outro lado vem confirmar o que já aqui se disse. Quando as coisas nos HH particulares correm mal, são os HH públicos a ter que suportar os subsequentes cuidados. Neste caso, repare-se, o cirurgião que certamente recebeu bom preço pela cirurgia, não fez a correcção à sua custa mas sim no HUC, onde pelos vistos trabalhava.

Cirurgião deixou pinça na barriga de paciente
Uma mulher teve, durante cerca de um ano, uma pinça de 18 centímetros no abdómen, que foi ali deixada após uma intervenção cirúrgica. O caso passou-se em Coimbra, numa clínica privada e obrigou a uma segunda operação, desta feita, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), para retirar aquele instrumento cirúrgico.

O processo deste caso de aparente negligência médica já teve julgamento marcado no 3.º juízo criminal do Tribunal de Coimbra, embora exista ainda a possibilidade dos arguidos chegarem a um acordo com a vítima, evitando assim uma possível condenação que até poderia ter consequências a nível das suas carreiras profissionais.

Dos nove suspeitos iniciais (todos os elementos médicos que participaram na referida operação ao fígado), o Ministério Público acusou três deles um cirurgião, uma instrumentista e uma outra enfermeira.

O instrumento que ficou no abdómen da mulher, residente na zona de Castelo Branco, é uma pinça hemostática que terá 18 centímetros. Aparentemente, a presença da pinça no corpo da vítima, durante cerca de um ano, não terá deixado sequelas. Mesmo assim, a paciente moveu um processo aos médicos em causa, exigindo uma indemnização de algumas dezenas de milhares de euros. Durante as várias fases do processo, não foi possível chegar a um acordo, pelo que este mês, em Coimbra, se deverá realizar uma última reunião entre as partes que poderá evitar o julgamento. Até porque, além dos médicos, a própria clínica e a respectiva companhia seguradora poderão ser chamadas ao banco dos réus. Por outro lado, os HUC também querem ser ressarcidos da despesa referente à operação que teve de ser feita (pelo mesmo cirurgião) para retirar a referida pinça à paciente.

Apesar do caso remontar a 2003, e do julgamento até já ter estado marcado (apesar das datas previstas terem, entretanto, ficado sem efeito), a possibilidade de acordo fez com que a situação nunca fosse tornada pública e os esforços do JN para falar com a paciente ou o seu advogado tenham esbarrado no silêncio. Tal como o requerimento apresentado pelo JN no 3.º Juízo Criminal do Tribunal de Coimbra para consulta do processo. Embora o acesso ao processo (que não está em segredo de justiça) seja público, mediante requerimento, não chegou qualquer resposta (nem positiva nem negativa) à redacção do nosso jornal.

PS.: Peço desculpa ao Xavier pois este não ser o "local" indicado para colocar esta notícia do JN.

11:35 da manhã  
Blogger Francisca said...

Que linda homenagem Xavier.
As melhores pessoas agradecem mesmo quando aquele a quem se está grato já não pode responder.
Um beijo.

11:51 da tarde  
Blogger xavier said...

Francisca, bons olhos a vejam!
Só aparece de ano a ano. Como alguns cometas. Vou telefonar. Temos umas contas a ajustar...com o destino.

2:42 da tarde  

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