terça-feira, junho 1

Ainda a Procissão vai no Adro…

…”Hospital de Braga dispensa 20 médicos das urgências à meia-noite. link Urgência do hospital atingiu ruptura com mais de cinco horas de espera. Polícia já interveio para serenar os ânimos. A partir da meia-noite de hoje, a urgência do Hospital de Braga pode ficar sem médicos. Em causa está a saída de 20 clínicos subcontratados à empresa de prestação de serviços médico Semeno. Ao que o Económico apurou, o Grupo Mello Saúde, responsável pela gestão clínica do hospital, rescindiu o contrato com a empresa (que estaria em vigor até Outubro), com efeitos práticos a partir da meia-noite de hoje. Da dia, cessam funções às 00h00. Neste momento os serviços estão em ruptura e o caos instalou-se nas urgências, com um tempo de espera previsto de cerca de cinco horas. Um dos utentes, que ainda se encontra à espera de ser atendido nas urgências contou ao Económico que os clínicos "não estão a atender as pessoas e os corredores estão apinhados de gente", acrescentando que a polícia foi chamada a intervir nalgumas situações em que os ânimos se exaltaram. Este hospital iniciou um processo de transformação para o modelo de parceria público-privada (PPP) em Setembro passado, tendo a gestão clínica passado para o Grupo Mello Saúde”…


Começou o “arraial” das PPP’s.
Quem está no sector da saúde, o estuda e observa há muito que tinha interiorizado que, em matéria de gestão da saúde e dos hospitais não há milagres. Os “milagreiros” do powerpoint vêm teorizando com as suas pregações de pacotilha, quase sempre, ancoradas nuns “estudos” das consultoras do “costume” que andam pelo mundo inteiro a tentar inventar a roda. È verdade que, até hoje, o que mais que estas consultoras têm conseguido é amealhar umas centenas de milhares de euros na venda de ilusões sobre a forma de slides. Há muito que os ouvimos proclamar que fazem melhor que o Estado, que estão prisioneiros da falta de liberdade de escolha, entre outras pantominices repetidas até à exaustão.

É claro que para capturarem o financiamento público fizeram ofertas mirabolantes que só poderiam funcionar com restrição de meios e selecção adversa até que o PSD chegue e, finalmente, os contratos sejam (generosamente) renegociados.

A muitos destes MBA’s parece faltar tarimba, experiência e seriedade profissional.

Para variar, também neste caso, como em muitos outros a “tutela” faz o papel do morto ou quiçá de desaparecido em combate.

tiburcio

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

Esta questão deixou de ser um problema de investimento público/privado na saúde para se tornar num mero assunto de polícia.

...como aliás parece já estar a acontecer nas urgências em Braga.

11:25 da tarde  

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