domingo, junho 22

Ao que nós chegámos! ...

Hospital de São João dá três semanas à tutela para apresentar soluções, Margarida Gomes JP 21/06/2014 link
Uns sem pingo de dignidade, outros sem pingo de vergonha.
A humilhação do Ministério da Saúde como nunca se tinha visto em quarenta anos de Democracia. Desautorizados no parlamento pelo primeiro-ministro viram o epicentro da tutela transferir-se da João Crisóstomo para o Hospital de S. João. Ridiculamente vão caminhando de humilhação em humilhação até ao enxovalho final. Nem para salvar a honra parecem ter coragem.
Carlos Silva

Etiquetas:

2 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

Directores clínicos e chefes de unidades intermédias demissionários vão manter-se em funções até dia 15

O Ministério da Saúde autorizou o Hospital de S. João, no Porto, a utilizar a verba de 2,2 milhões de euros, correspondente ao capital social do hospital, para a contratação de profissionais para áreas consideradas críticas, como é o caso dos cuidados intensivos, hematologia clínica, imagiologia, pediatra médica, pediatria geral, neurologia e medicina interna.
Fonte hospitalar disse ao PÚBLICO, a título de exemplo, que há pedidos para a contratação de assistentes operacionais para a urgência geral e para o bloco central que aguardam uma resposta da tutela desde 2011.
A mesma fonte adiantou que a verba de 2,2 milhões de euros vai possibilitar também a aquisição de um conjunto equipamentos, designadamente ventiladores e aparelhos de imagem, aguardados há muito tempo.
Paralelamente, o ministério de Paulo Macedo deu também luz verde ao plano de investimento para o ano em curso, que permitirá reiniciar as obras de restauração do hospital.
Do caderno de encargos que o presidente do Conselho de Administração, António Ferreira, levou à tutela, na sexta-feira, na sequência da demissão em bloco de 66 chefias, o único ponto que foi garantido, mas sem o compromisso de uma data específica, foi o plano de investimento plurianual 2014-2016.
Convictos que desta vez a tutela vai cumprir, os 58 directores clínicos e oito chefes de unidades intermédias do hospital, que se demitiram na quinta-feira, alegando estar em risco a qualidade do serviço prestado à população, vão manter-se em funções durante as próximas três semanas, ou seja até ao dia 15 de Julho, revelou ontem António Ferreira.
Neste processo, as posições foram de tal forma extremadas que não há espaço para que ninguém perca a face e tudo está a ser gerido para que este caso tenha um desfecho favorável para todos. Ontem, em declarações aos jornalistas, António Ferreira rejeitou falar de cedências da parte do ministro Paulo Macedo ou de exigências do lado do hospital, sublinhando que este processo “passou pelo reconhecimento que os profissionais do Hospital de S. João fizeram ao longo deste tempo de dificuldades que se vinham acumulando, em relação às quais o ministério propôs soluções”.
Chefias mantêm-se
Interrogado sobre as soluções apresentadas pelo Governo, o gestor explicou que passam por dois tipos de abordagem, sendo a primeira de carácter “conjuntural” — ou seja, soluções “que têm a ver com situações de resposta a solicitações e a necessidades mais emergentes”, nomeadamente no Serviço de Urgência, com a contratação de profissionais e a resolução de alguns problemas relacionados com a manutenção de equipamentos.
“Há outro tipo de abordagem, que tem a ver com questões de ordem estrutural, que tal como o Ministério da Saúde já anunciou — eu pelo menos vi ontem nas notícias — tem a ver com a aplicação de um novo modelo de gestão para os hospitais que estão em equilíbrio económico, relacionado com mais autonomia na gestão dos seus recursos”, acrescentou.
A decisão de as chefias demissionárias se manterem em funções foi tomada ontem numa reunião, na qual o administrador informou as lideranças intermédias das estruturas intermédias de gestão e as direcções de serviços clínicos e não clínicos das soluções que o Ministério da Saúde se comprometeu a apresentar até ao dia 15 de Julho.
De acordo com um comunicado lido pelo gestor do hospital, “as lideranças intermédias avaliaram favoravelmente as mesmas soluções” e “aguardam a concretização das mesmas por parte do Governo nos prazos definidos pela tutela, a maioria das quais até ao dia 15 de Julho”.
JP 22.06.14

Está instalada a anarquia na Saúde!
Porque esperam os directores dos grandes hospitais de Lisboa?!...
Avancem com demissões em bloco e, zás está! A solução para todos os problemas de financiamento. Passos Coelho apoiará. Talvez já farto da falta de coragem do seu ministro da saúde.

2:17 da tarde  
Blogger Clara said...

Face à trapalhada instalada no CHSJ, tendo em conta a verticalidade de Passos Coelho esperava-se apoio incondicional do primeiro ministro ao ministro da Saúde.

Face à demissão dos directores clínicos e chefes de unidades intermédias, esperava-se o pedido de demissão do impoluto presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. João, António Ferreira.

Face à desordem instalada, esperava-se que o ministro da saúde, num rasgo de coragem clarividente, demitisse o Conselho de Administração do CHSJ

Como em tantas outras histórias, onde a dignidade e a vergonha não contam, o ministro da saúde e primeiro ministro decidiram recuar em toda a linha e premiar a chantagem institucional com vários milhões de financiamento.
Felizmente, depois da paragem do relógio de Portas, a assinalar o fim da troika.
O buraco da Saúde (cada vez mais fundo)fica de herança para o Costa se o Seguro deixar.

9:39 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home