sábado, setembro 10

health care in US

Os EUA podem orgulhar-se dos seus cuidados de saúde, os mais avançados tecnologicamente do mundo. No entanto, a falta de seguro de saúde universal significa que este avanço não se traduz em melhores resultados de saúde ao nível da população, e que as despesas com a saúde (out-of-pocket) são uma causa comum de empobrecimento. 
The Patient Protection and Affordable Care Act (ACA) criado em 2010 teve por objectivo ultrapassar as deficiências referidas, aumentando a disponibilidade de seguro para cuidados de saúde de qualidade. A eficácia da Lei é demonstrada através das estimativas divulgadas pelos Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças em 17 de Maio, que referem que a percentagem de pessoas nos EUA sem seguro de saúde em 2015 foi de 9,1%. Esta é a primeira vez que o número de não-segurados, que era de 16% em 2010, caiu abaixo de 10%. Esta grande conquista representa um adicional de 20 milhões de pessoas seguradas em todos os grupos demográficos. É importante salientar que a adesão tem sido forte nas populações marginalizadas. Entre as pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza federal, 17,2% não têm  seguro, em comparação com 29,5% em 2010. Da mesma forma, a proporção de hispânicos ou latinos não segurados diminuiu de 31,9% para 20,8%. Particularmente bem-vinda é a constatação de que mais de 95% das crianças com idade inferior a 17 anos têm algum tipo de cobertura de seguro. Mas os ganhos têm sido desiguais, com maior incidência nos estados que decidiram expandir o Medicaid em relação aqueles que não o fizeram.
Apesar de avanço lento, mecanismos imperfeitos, e ênfase em números, no lugar da qualidade, a ACA tem reduzido a disparidade de saúde nos EUA ao longo dos últimos 5 anos. Também aumentou o uso de serviços preventivos, que aponta para melhores resultados de saúde para os indivíduos e um melhor desempenho económico para o país . Este feito deve certamente despertar o orgulho para o que foi realizado e reforçar os esforços para que todos os indivíduos nos EUA consigam ter acesso a seguro de saúde. As eleições de novembro vai testar a determinação do país para fazer isso e vai determinar se o acesso a bons cuidados de saúde é parte do sonho americano ou fantasia americana

The Lancet 28 .05.16

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